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8/13/2017
Carta que se escreveu ao Capitão-mor da Capitania do Espírito Santo sobre as fintas.[ 1 ]
Aos oficiais da Câmara dessa vila ordeno, cobrem prontamente dois contos quatrocentos, e vinte mil réis que essa Capitania está devendo das fintas pertencentes ao Donatário do Dote de Inglaterra, e paz de Holanda, e que dentro em três meses, mandem a cotalidade à pessoa que susti-lo ajustar as dadas fintas. E porque sê muito conveniente ao serviço de Majestade, que Deus guarde, não haver a mínima dilação[ 2 ] na cobrança, e ajuste das ditas fintas: ordeno a V.M.,[ 3 ] que na parte que lhe tocar dê logo todo o calor que lhe for possível, para que esta execução se assine e feito no tempo que é término; e do zelo com que V.M. servir ao dito senhor fio, obrará de sorte neste particular, que me não seja necessário recomendar-lhe segunda vez. Deus guarde a S.M.. Bahia Setembro, 24 de 1705. Luís Cezar de Menezes.
Carta que se escreveu ao Capitão-mor do Espírito Santo, para entregar o Governo daquela Capitania a Francisco de Albuquerque Telles.
Sua Majestade, que Deus guarde, foi servido prover a Francisco de Albuquerque Telles, no posto de Capitão-mor da Capitania do Espírito Santo, da qual fez preito, e homenagem[ 4 ] em minhas mãos, como consta do termo,[ 5 ] que o Secretário deste Estado fez nas costas da patente,[ 6 ] que o dito Senhor lhe fez mercê mandar passar do dito posto. Assim que V.M. receber esta, lhe entregue logo o Governo dessa Capitania, que dela o hei por desobrigado da homenagem que V.M. tem dado. Deus guarde a V.M.. Bahia Março, 2 de 1709. Luís Cezar de Menezes.
Carta para o Capitão-mor do Espírito Santo sobre se não abrir Caminho para as minas.
Tenho notícia, que várias pessoas intentam abrir Caminho, pelos sertões dessa Capitania, para por eles passarem às minas: e como S. Majestade que Deus guarde tem mandado por repetidas, e apertadas ordens, se não consinta abrir-se semelhantes caminhos: ordeno a V.M., que em recebendo esta, faça toda a diligência por saber se se deu princípio ao tal Caminho, e quando assim tenham sucedido, o mandará V.M. logo fechar, e prender as pessoas compreendidas nessa Culpa, as quais remeterá V.M. a este Governo Geral; para se Castigarem, como S. Majestade manda; e sucedendo não ter-se aberto o tal Caminho, V.M. impida [sic] se não abra, e ponha nisso toda a Vigilância, e Cuidado, para que a sua omissão, não seja Causa de incorrer também, nas penas das ordens de S. Majestade, por não dar Cumprimento a elas. Deus guarde a V.M. Bahia Abril 1º de 1710. / Luiz Cezar de Meneses.
Carta que se escreveu ao Capitão-mor da Capitania do Espírito Santo, sobre o Mocambo de negros fugidos que há naquela Capitania.
Na [lacuna] [deste] Estado, achei uma carta que V.M. lhe havia escrito em 3 de Maio deste ano, em que lhe daria conta de um Mocambo que havia de negros fugidos, nos limites do Rio Jacuhú[ 7 ] e dos estragos que faziam nas roças e gados desses moradores e da forma em que se iam fortificando.
Não posso deixar de estranhar a V.M., dar esta conta a um Tribunal que só conhece por apelações e agravos, sabendo que tem na Bahia um Governador Geral do Estado, a quem unicamente tocam; e como esse ordeno a V.M. que tanto que receber esta junto com a Câmara... [texto incompleto]
Observação:
Transcrevemos aqui apenas o texto das cartas relativas ao Espírito Santo.
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© 2017 Texto com direitos autorais em vigor. A utilização / divulgação sem prévia autorização dos detentores configura violação à lei de direitos autorais e desrespeito aos serviços de preparação para publicação.
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CARTAS diversas compiladas, datadas de 1705 a 1710. Acervo Arquivo Nacional. Carta que se escreveu ao Capitão-mor da Capitania do Espí...
Compilações de diversas cartas do século XVIII relativas à Capitania do Espírito Santo - I
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CARTAS diversas compiladas, datadas de 1705 a 1710. Acervo Arquivo Nacional. |
Carta que se escreveu ao Capitão-mor da Capitania do Espírito Santo sobre as fintas.[ 1 ]
Aos oficiais da Câmara dessa vila ordeno, cobrem prontamente dois contos quatrocentos, e vinte mil réis que essa Capitania está devendo das fintas pertencentes ao Donatário do Dote de Inglaterra, e paz de Holanda, e que dentro em três meses, mandem a cotalidade à pessoa que susti-lo ajustar as dadas fintas. E porque sê muito conveniente ao serviço de Majestade, que Deus guarde, não haver a mínima dilação[ 2 ] na cobrança, e ajuste das ditas fintas: ordeno a V.M.,[ 3 ] que na parte que lhe tocar dê logo todo o calor que lhe for possível, para que esta execução se assine e feito no tempo que é término; e do zelo com que V.M. servir ao dito senhor fio, obrará de sorte neste particular, que me não seja necessário recomendar-lhe segunda vez. Deus guarde a S.M.. Bahia Setembro, 24 de 1705. Luís Cezar de Menezes.
Carta que se escreveu ao Capitão-mor do Espírito Santo, para entregar o Governo daquela Capitania a Francisco de Albuquerque Telles.
Sua Majestade, que Deus guarde, foi servido prover a Francisco de Albuquerque Telles, no posto de Capitão-mor da Capitania do Espírito Santo, da qual fez preito, e homenagem[ 4 ] em minhas mãos, como consta do termo,[ 5 ] que o Secretário deste Estado fez nas costas da patente,[ 6 ] que o dito Senhor lhe fez mercê mandar passar do dito posto. Assim que V.M. receber esta, lhe entregue logo o Governo dessa Capitania, que dela o hei por desobrigado da homenagem que V.M. tem dado. Deus guarde a V.M.. Bahia Março, 2 de 1709. Luís Cezar de Menezes.
Carta para o Capitão-mor do Espírito Santo sobre se não abrir Caminho para as minas.
Tenho notícia, que várias pessoas intentam abrir Caminho, pelos sertões dessa Capitania, para por eles passarem às minas: e como S. Majestade que Deus guarde tem mandado por repetidas, e apertadas ordens, se não consinta abrir-se semelhantes caminhos: ordeno a V.M., que em recebendo esta, faça toda a diligência por saber se se deu princípio ao tal Caminho, e quando assim tenham sucedido, o mandará V.M. logo fechar, e prender as pessoas compreendidas nessa Culpa, as quais remeterá V.M. a este Governo Geral; para se Castigarem, como S. Majestade manda; e sucedendo não ter-se aberto o tal Caminho, V.M. impida [sic] se não abra, e ponha nisso toda a Vigilância, e Cuidado, para que a sua omissão, não seja Causa de incorrer também, nas penas das ordens de S. Majestade, por não dar Cumprimento a elas. Deus guarde a V.M. Bahia Abril 1º de 1710. / Luiz Cezar de Meneses.
Carta que se escreveu ao Capitão-mor da Capitania do Espírito Santo, sobre o Mocambo de negros fugidos que há naquela Capitania.
Na [lacuna] [deste] Estado, achei uma carta que V.M. lhe havia escrito em 3 de Maio deste ano, em que lhe daria conta de um Mocambo que havia de negros fugidos, nos limites do Rio Jacuhú[ 7 ] e dos estragos que faziam nas roças e gados desses moradores e da forma em que se iam fortificando.
Não posso deixar de estranhar a V.M., dar esta conta a um Tribunal que só conhece por apelações e agravos, sabendo que tem na Bahia um Governador Geral do Estado, a quem unicamente tocam; e como esse ordeno a V.M. que tanto que receber esta junto com a Câmara... [texto incompleto]
Observação:
Transcrevemos aqui apenas o texto das cartas relativas ao Espírito Santo.
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NOTAS
[ 1 ] Tributo real pago do rendimento da fazenda de cada súdito; normalmente se impõe para obra pública. Por ocasião de guerra também as Câmaras são tributadas com licença do Rei.
[ 2 ] Demora, detença.
[ 3 ] Vossa Mercê, simplificado posteriormente para você.
[ 4 ] Juramento de fidelidade que se presta pelo recebimento de uma praça, um governo ou terras.
[ 5 ] Obrigação por escrito.
[ 6 ] Carta pública de posto militar.
[ 7 ] Provavelmente se trata do rio Jucu.
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© 2017 Texto com direitos autorais em vigor. A utilização / divulgação sem prévia autorização dos detentores configura violação à lei de direitos autorais e desrespeito aos serviços de preparação para publicação.
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Maria Clara Medeiros Santos Neves [transcrição a partir do original], coordenadora do site ESTAÇÃO CAPIXABA, é museóloga formada pela Universidade do Rio de Janeiro e pós-graduada em Biblioteconomia pela UFMG, autora do projeto do Museu Vale e de diversas publicações. (Para obter mais informações sobre o autor e outros textos de sua autoria publicados neste site, clique aqui.
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