Bispo D. José Caetano da Silva Coutinho, por Jean-Baptiste Debret. D. José Caetano da Silva Coutinho, 8º bispo do Rio de Janeiro — Filh...

D. José Caetano da Silva Coutinho - Biobibliografia

Bispo D. José Caetano da Silva Coutinho, por Jean-Baptiste Debret.
Bispo D. José Caetano da Silva Coutinho, por Jean-Baptiste Debret.

D. José Caetano da Silva Coutinho, 8º bispo do Rio de Janeiro — Filho de Caetano José Coutinho e natural de Portugal, mas brasileiro por ter aderido à constituição do império, nasceu na vila de Caldas da Rainha a 13 de fevereiro de 1768 e faleceu no Rio de Janeiro a 27 de janeiro de 1833, sendo presbítero secular e bacharel em cânones pela universidade de Coimbra; bispo e capelão-mor do Rio de Janeiro; senador do império pela província de S. Paulo; do conselho de sua majestade o Imperador; grã-cruz da ordem da Rosa e comendador da de Cristo. Nomeado bispo, chegou ao Rio de Janeiro a 25 de abril de 1808, tomou posse a 28, e fez sua entrada solene a 13 de maio seguinte. Por sua brilhante inteligência, por sua ilustração e virtudes foi nomeado em 1804, um ano antes da nomeação de bispo do Rio de Janeiro, arcebispo titular de Cranganor na Índia portuguesa, e antes de eleito senador, foi deputado à constituinte brasileira. Escreveu:

Memória histórica da invasão dos franceses em Portugal no ano de 1807. Rio de Janeiro, 1808, 87 págs. in-8º — Esta obra contém algumas inexatidões, segundo afirma Inocêncio da Silva.

Estatutos da santa igreja catedral e capela real do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 1811, 115 págs. in-4º.

Carta pastoral de 19 de setembro de 1808 acerca do faustoso sucesso das armas portuguesas contra os franceses que invadiram Portugal e por esse motivo determinando fazer preces públicas e solenes na forma da igreja pro tempore belli por três dias se recite no santo sacrifício a oração pro Papa, etc. Rio de Janeiro, 1808, in-fol.

Carta pastoral promulgando um jubileu por sua santidade, etc. Rio de Janeiro, 1809, in-fol.

Carta pastoral de 8 de março de 1811, propondo como lícitas e permitidas as comidas de carne no tempo da quaresma com as restrições e declarações nela especificadas. Rio de Janeiro, 1811, in-fol.

Carta pastoral de 8 de abril de 1811, permitindo o trabalho nos dias santificados. Rio de Janeiro, 1811, 7 págs. in-fol. — Houve segunda edição no mesmo ano.

Carta pastoral de 15 de abril de 1811, dirigida aos reverendos visitadores do bispado, recomendando-lhes a exata execução e observância de seus deveres. Rio de Janeiro, 1811, 24 págs. in-fol.

Carta pastoral, concitando os fiéis a se aproveitarem da missão que autorizara pela quaresma, concedendo-lhes indulgências e dispensando-os de alguns preceitos quaresmais — Me parece que não foi impressa. Só o original com assinatura autógrafa do bispo existe na biblioteca nacional, datado de 8 de fevereiro de 1812.

Pastoral em que se declaram as restrições com que sempre se devem entender as faculdades de oratórios particulares com o menor prejuízo possível das paróquias e interpretações da Bula da Cruzada a este respeito. Rio de Janeiro, 1815, 7 págs. in-fol.

Pastoral sobre a festa de S. José este ano de 1818. Rio de Janeiro, 1818, in-fol.

• Carta pastoral de 11 de março de 1819, dispensando o preceito da abstinência de comer carne na quaresma. Rio de Janeiro, 1819, in-fol.

Carta pastoral, anunciando a visita do ano de 1819, etc. rio de Janeiro, 1819, 34 págs. in-4º.

Carta pastoral, permitindo comer carne nesta quaresma. Rio de Janeiro, 1822, 2 fls. in-fol.

Carta pastoral, recomendando ao clero secular regular que exortem os povos à união e concórdia entre si; respeito e obediência ao governo estabelecido e outras providências ao mesmo respeito. Rio de Janeiro, 1822, 20 págs. in-4º — É datada de 30 de junho, e teve segunda edição mais correta e aumentada no mesmo ano.

Carta pastoral sobre o jejum da quaresma. Rio de Janeiro, 1827, in-fol.

Regimento interno para o senado brasileiro. Rio de Janeiro, 1832, 29 págs. in-8º — É de sua pena esse trabalho, sendo ele presidente do senado. Diz-se que o prelado deixara, com uma coleção de orações para exercícios dos cristãos, escritas em prosa e em verso numa linguagem que exalta o espírito e toca o coração, várias obras inéditas e um

Catecismo da doutrina cristã.

[Verbete sobre D. José Caetano da Silva Coutinho em Dicionário bibliográfico brasileiro, de Augusto Vitorino Alves Sacramento Blake, Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1898. Consultado na edição fac-similar do Conselho Federal de Cultura, Rio de Janeiro, 1970.]

0 comentários :